Conto
Ao vê-lo os pelos do meu corpo se
arrepiaram como se um anjo passasse ao meu lado e me sussurrasse algo.
Durante algum tempo ele vinha em
meus sonhos, ficava ali parado me olhando aproximava-se segurava meus cabelos
com força, fazia-me ajoelhar, olhava em meus olhos, abria a boca como se fosse
dizer algo. E o sonho acabava. Quando acordava ficará a imaginar o que ele iria
dizer. Minhas mãos ganhava vida e me tocava. Meu corpo sentia que eram seus
lábios a me provar.
Por alguns dias fiquei pensando
como demonstrar meu desejo, meu corpo que me fazia tremer de tanta excitação.
Assim que consegui seu contato
minhas pernas tremeram, minhas mãos suavam e meu coração batia tão rápido
quanto a de um pássaro acuado.
Respirei fundo e mandei uma
mensagem, não demorou nada e ele respondeu, a cada palavra que eu lia sentia
que meus pulmões iriam parar. Cada meia dúzia de palavras trocadas aumentava
ainda mais minha vontade de senti-lo.
Demorou um pouco até o momento em
que nos vimos pessoalmente, até então conversávamos apenas virtualmente, mas
meu desejo por ele só aumentava a cada minuto. Como pode apenas um simples
sorriso me encher de tanto tesão?
Então quando numa sexta à noite
recebi sua mensagem dizendo que queria me ver, senti todo meu corpo se
estremecer. Logo, pensei que conseguiria satisfazer todo aquele desejo que
estava crescendo em mim.
Quando subi as escadas e me
deparei com ele tudo a nosso redor parou naquele momento. Minha vontade era de
leva-lo pra minha casa, senta-lo na minha cama e poder sentir seu gosto. Mas ao
invés disso acontecer conteve-me para que o momento certo eu pudesse me
deleitar com todo o prazer que merecíamos.
A noite foi agradável, conheci
pessoas maravilhosas, ouvimos música, dançamos e nos divertimos juntos. Então
quando a noite já estava pra se encerrar ele puxou-me e beijou-me. E outra vez
senti aquele sensação, só que agora de uma forma tão intensa que quase me
nocauteou.
Meu corpo já não pedia mais o seu
corpo, agora implorava. No caminho que fazíamos para ir pra casa sentia que meu
desejo lutando contra meu corpo. Se tivesse vencido acabaria com aquela agonia
naquela hora mesmo. Contive-me por alguns instantes, ele me deixou na porta de
casa, despediu-se e foi embora.
Ao chegar em casa sozinha, acariciava
meu pescoço descendo lentamente até meus seios já rígidos de tanto desejo. Como
seu cheiro ainda estava em mim foi fácil imaginar que seria ele o autor de
tamanha excitação. Acariciava-me e
imaginava que seria ele ali comigo. De olhos fechados e no escuro de meu quarto
cheguei até uma parte do meu corpo que me proporciona tanto prazer.
Uma das minhas mãos ainda
permanecia a brincar com meu mamilo e a outra brincava sutilmente com meu
clitóris, em movimentos circulares que variava de intensidade à medida que o
prazer tomava conta do meu ser.
Imaginava seus beijos calorosos,
suas mãos a passear pelo meu corpo, seu cheiro e sua voz dizendo em meus
ouvidos: “Quero você toda pra mim”.
Com minha respiração ofegante
sentia que já estava chegando a hora de contemplar o prazer. De repente meus
pés enrijeceram-se, senti uma leve brisa passar por meu corpo, que naquele
momento já estava nu, meu coração acelerou, minha pele estava queimando de
tanto prazer, minha boca havia se secado e com um impulso sentei-me na cama.
Foi então que senti meu corpo todo se estremecer com espasmos causados pelo
mais intenso orgasmo que já havia proporcionado com minhas próprias mãos.
Depois disso foi fácil adormecer.
E outra vez ele veio em meus sonhos. Só que agora aproveitava cada detalhe
daquela cena. Conseguia sentir seu cheiro, seu toque quando pegava em meus
cabelos, o calor de suas mãos ao passar pelo meu corpo. Mas ainda não conseguia
ouvir o que ele dizia pra mim, ali, em pé em minha frente e eu de joelhos.
Quando finalmente estávamos
sozinhos em sua casa, a cena dos meus sonhos se repetira. Não conseguia pensar
em mais nada, além de daquela frase que tanto esperava.
Todo aquele ritual dos meus
sonhos se repetia ali naquele momento. Foi então que ele puxou-me pelos
cabelos, beijou-me intensamente, e foi fazendo-me ajoelhar.
Já estávamos completamente nus.
Seu membro estava ali em minha frente ereto e pulsando de tesão. Olhem em seus
olhos e não pude esperar que dissesse algo. Em um impulso de desejo comecei com
minha boca a sentir seu gosto. Talvez um néctar dos Deuses.
Com uma música envolvente já o
sentia dentro de mim. Não conseguia parar de olhar o vai e vem de seu corpo
sobre o meu. Minhas unhas passavam levemente em suas costas. O cheiro dos
nossos corpos incendiava aquele cômodo, quando enfim chegamos ao ápice do
prazer, me sentia satisfeita olhando aquele corpo nu ao meu lado deitado e com
um leve sorriso em seus lábios. Adormecemos juntos, nus e abraçados.
E mais uma vez aquele sonho
perturbador. E a tão esperada frase veio de seus lábios, simplesmente olhou pra
mim e disse: “Quero que você seja minha essa noite”.
Por: Labibe
20 de setembro de 2014